sábado, 2 de maio de 2020

DEMÉTER E PERSÉFONE - PROCESSO



                  Deméter e Perséfone; Período Helenístico, século IV a II a.C

MITO DE DEMÉTER E PERSÉFONE


DEMÉTER

Deméter era filha de Reia e de Cronos, e irmã de Zeus, representava entre os Gregos, a Terra fecunda e cultivada, sendo, assim, considerada, a deusa do trigo, das colheitas e das atividades agrícolas, das terras férteis bem como do repouso dos mortos, o "povo de Deméter".
Desta forma possuía poderes de crescimento e de ressurreição.
Tinha ensinado os homens a cultivar o trigo fazendo-os passar do estado primitivo a civilizado.
De uma união com Zeus teve Perséfone que muito amava, por isso ficou muito angustiada, quando num momento em que a filha andava pelo campo a colher flores, foi raptada por Hades, que subira do submundo, guiando um carro puxado por quatro cavalos negros. O deus do Submundo, apaixonado por Perséfone tinha pedido ao irmão Zeus, sem consultar Deméter, que lhe concedesse Perséfone em casamento.  
Perséfone, ainda criança, vivia despreocupada com as suas meias-irmãs Atena e Artemisa. Esta situação mudava tudo, até porque passava a reinar no mundo dos mortos.
No entanto, no submundo, Perséfone decidiu recusar qualquer alimento, enfraquecendo, mas a persistência ardilosa de Hades, leva-a a comer um bago de romã, símbolo do casamento.

                                                  Rapto de Perséfone



No mundo dos vivos, Deméter não conseguia cuidar da fertilidade dos solos, o que determinava a fome, por todo o lado. Empenhava-se totalmente na procura da filha, percorrendo toda a terra, durante nove dias e nove noites, com um archote na mão, até que soube, através de Hélio, o Sol, que tudo vê, o que tinha acontecido. 

Nesta sua procura infrutífera, passou por Elêusis, onde foi recebida pelo rei e rainha a aí acaba por fazer propagar a cultura dos cereais. Quando é daí expulsa, devido a um mal-entendido, espalha mais ruína e esterilidade sobre a terra. Perante esta desgraça, Hades, pressionado por Zeus, que manda até ele Hermes, concede a Perséfone a possibilidade de passar um tempo junto da sua mãe, Deméter, e outro com o marido, Hades.
 Na verdade, só poderia sair definitivamente do reino de Hades quem não ingerisse lá qualquer alimento. A sua mãe tinha, então, que voltar ao Olimpo e Perséfone permanecer no Sudmundo.




Perséfone e a romã de Kris Waldherr (réplica do original)

Esta lenda constitui a explicação mitológica das estações vegetativas da Natureza. Durante o tempo em que Perséfone passava com a mãe, Deméter feliz fazia correr a seiva nas plantas que renasciam por toda a parte, quando Perséfone regressava ao submundo, a Natureza adormecia.  
Desta forma, devem-se a Deméter as estações do ano, a germinação e os ciclos das plantas, a vida e a morte, a fecundidade e a esterilidade, enfim, o ciclo da vida humana e o destino do Homem.
O mito de Deméter era recordado nos mistérios de Elêusis. Aqui, a veneração de Deméter e Perséfone afirmava-se pela convicção na imortalidade dos seus fiéis, da ressurreição dos homens e da caminhada para uma vida eterna.
No Festival, que se realizava no outono, recordava-se, então, a perda e reencontro de Perséfone, a alternância entre a vida e a morte, com música e danças.
                Mulheres a participar no culto dos Mistérios de Eleusis, efresco de uma Villa dos Mistérios em Pompeia.
  
Também, em Atenas, as mulheres festejavam Deméter, como deusa da fertilidade, nas Tesmofórias. Em geral, era festejada em todo o mundo grego e até os romanos adoptaram o seu culto, com o nome de Ceres e a festa Cereália..





PERSÉFONE


Pormenor das lágrimas da escultura ““O Rapto de Perséfone”; Período Renascentista; 1621-22, Gian Lorenzo Bernini

Perséfone é filha de Zeus e de Deméter, a deusa da agricultura e das estações do ano, com quem vivia, no Olimpo.
É considerada a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes.
Certo dia, enquanto passeava despreocupada, Perséfone foi sequestrada por Hades que a levou para o mundo inferior, onde a seduziu de forma a fazer-se, ardilosamente alimentar, comendo um bago de romã, nesse lugar.
Perséfone é descrita como uma mulher morena de olhos verdes, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram.
A sua mãe, Deméter, inconsolável, acabou por se descuidar das suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis, havendo escassez de alimentos. A própria Deméter recusou-se a ingerir qualquer alimento, começando a definhar. Não sabia o que tinha acontecido com a sua filha, mas, depois de muito procurar, finalmente descobriu através de Hélio que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos.
 Como ficou ainda mais angustiada e não conseguia preocupar-se com a vida dos homens que viviam da agricultura e dela dependiam, foi socorrida por Zeus que mandou Hermes convencer Hades a deixar vir Perséfone para junto da mãe. Como, entretanto, Perséfone tinha comido alguns bagos de romã, concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades e por outro lado quem se alimentava no reino de Hades não podia já de lá sair definitivamente. Desta forma, fizeram um acordo: Perséfone passaria parte do ano junto de Deméter e o restante com Hades. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas, já que a terra estaria como que adormecida, quando Perséfone estava junto de Hades e ressuscitava, quando de lá saía.

 O Retorno de Perséfone de Frederic Leighton, 1891
Webgrafia:

Perséfone, https://pt.wikipedia.org/wiki/Pers%C3%A9fone
https://hav120151.wordpress.com/2016/02/28/o-rapto-de-persefone-como-arquetipo-da-relacao-das-artes-plasticas-e-visuais-como-instrumento-de-imortalizacao-das-mitologias/

HADES 


  Hades é filho de Cronos e Reia, irmão de Zeus, Héstia, Deméter, Hera e Posídon, deus do mundo inferior e dos mortos. O seu nome era usado para designar tanto o deus quanto o seu reino, no submundo da Terra.  
Segundo a mitologia, raptou a deusa Perséfone, filha de Deméter, depois de tal ter sido acordado com seu irmão Zeus, que no entanto se esqueceu de falar com a mãe da jovem, Deméter.
“O Rapto de Perséfone”; Período Renascentista; 1621-22, Gian Lorenzo Bernini
Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que Posídeon, Zeus e ele venceram. Assim, Posídeon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.
Era um deus tranquilo e seu nome quase nunca era pronunciado, pois causava medo. 
Era temido pois achava-se que no seu reino havia sempre lugar para mais alguém.
O mundo de Hades era dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficavam para ser julgadas para receber seus castigos ou então as suas recompensas e o Tártaro, a mais profunda região onde os Titãs ficavam aprisionados.
Hades era o  presidente do tribunal,  era ele quem dava a sentença aos mortos acerca do lugar que deviam ocupar.




                                                        
Hades e Perséfone

Com o tempo acreditou-se que propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, eram-lhe consagrados o narciso e o cipreste e o seu nome estava ligado a Deméter. Era com ela celebrado nos Mistérios de Elêusis, comemorativos da fertilidade das colheitas e das estações do ano.

O seu reino, habitada por sombras e almas, era, cuidadosamente, guardado pelo cão de três cabeças e cauda de Dragão, Cérbero.



                                                         Hades e Cérberus. Foto: Aviad Bubli

Era tido como hospitaleiro, pois nos seus domínios sempre tinha lugar para mais uma alma. O deus quase nunca deixava os seus domínios para se preocupar com assuntos do mundo superior. Fê-lo em duas ocasiões: a primeira para raptar Perséfone que se tornou sua esposa e outra quando teve que ir para o Olimpo curar-se da ferida feita por Héracles.
Traiu Perséfone duas vezes, uma com a ninfa do Cócito e também, quando se apaixonou por Leuce, filha do Oceano.
Hades tinha o poder de restituir a vida a qualquer pessoa, mas fez isso poucas vezes, quase sempre, a pedido da esposa. Também é conhecido como o Invisível, pois com a ajuda do seu capacete fabrivado por Hefesto, tinha a faculdade da invisibilidade. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e Perseu.
Todavia, Hades não é o deus da morte mas sim o da pós-morte, já que as pessoas só vão para o seu reino sombrio depois de morrerem.
Também é tido como deus da riqueza porque possui todos os metais preciosos do planeta.
Por vezes, deslocava-se de carruagem  pelo que é, muitas vezes, assim retratado com a esposa Perséfone.
Hades é representado como um homem de pele morena e barba. A cabeça é adornada com uma coroa, possui a chave do submundo e um ceptro.
                                                                       
  
Webgrafia
https://www.todamateria.com.br/deus-hades/
https://www.infoescola.com/mitologia-grega/hades/
https://greekmythology.wikia.org/wiki/Hades

ZEUS

Cabeça de Zeus

Zeus é o filho mais novo do titã Cronos e de Reia. Cronos  e Reis teviram diversos filhos: Héstia, Deméter, Hera, Hades e Posídon, porém, Cronos engoliu-os ao nascer (exceto Posídon, Hades e Hera), após Gaia e Urano lhe terem vaticinado que estava destinado a ser deposto pelo filho, da mesma maneira que havia deposto o seu próprio pai. Desta forma, quando Zeus estava para nascer, Reia procurou Gaia a fim  de conceber um plano para salvá-lo e para que Cronos fosse punido pelas suas ações contra Urano e seus próprios filhos. Assim, quando Reia deu à luz Zeus, na ilha de Creta, entregou a Cronos uma pedra enrolada em roupas de bebé, que ele engoliu, avidamente.
De seguida, Reia escondeu Zeus numa caverna dos montes Dícti, em Creta, onde teria sido criado por Gaia e por uma cabra chamada Amalteia, enquanto um grupo de soldados ou deuses menores dançavam, gritavam e treinavam atirando as lanças contra os seus escudos de forma a fazer barulho e Cronos não ouvir o choro da criança.
Noutra versão, Zeus é criado por uma cabra chamada Aix (que pertencia à ninfa Amalteia), e da pele dela, Zeus fez um escudo, ou então, por uma ninfa chamada Adamanteia que o escondeu pendurando-o numa árvore. Como Cronos era senhor da Terra, dos céus e do mar, desta forma, não seria visto pelo pai.  Ainda há quem defenda que teria sido criado por Melissa, que o amamentou com leite de cabra e mel, ou então, por uma ninfa chamada Cinosura, e como agradecimento, Zeus a teria colocado junto das estrelas.
Quando se tornou adulto, Zeus obrigou o pai a vomitar a pedra que tinha engolido, bem como todos os seus irmãos.
Em seguida, Zeus libertou os irmãos de Cronos, os gigantes, os hecatônquiros e os Ciclopes, que estavam aprisionados no Tártaro, pelo que estes o presentearam com o trovão e o raio, que tinham sido escondidos por Gaia.





Zeus, na Villa Genty, séc. I


Depois deste episódio, Zeus ficou com o céu e o ar, Posídon com as águas e Hades com o mundo dos mortos .
A Terra, Gaia, ficou para todos, o que faz com que  Posídon seja o "sacudidor da terra", e Hades o guardador dos humanos mortos.
Zeus é considerado o pai dos deuses que vivia no Monte Olimpo. É o deus dos céus, dos raios, relâmpago e que mantém a ordem e justiça. 
.


                                             
   Zeus sentado, Museu de Istambul


      Segundo a tradição, Zeus casa-se, primeiro, com Métis, com quem gera a deusa Atena e, depois, com Hera.
No entanto, no oráculo de Dodona, a sua esposa é Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teria gerado Afrodite.
É conhecido pelas suas aventuras eróticas, que frequentemente resultavam em descendentes divinos e heróicos, como  Apolo e Artemis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena de Tróia, Minos, e as Musas (de Mnemosine); com Hera, teria tido Ares, Énio, Ilitia, Éris, Hebe e Hefesto.
Os seus símbolos são o raio, a águia, o touro e o carvalho. Apesar das suas francas características Indo-europeia, a sua  descrição como "ajuntador de nuvens"  e o uso de ceptro, dá-lhe algum caráter do  Antigo Médio Oriente.
Zeus é representado pelos antigos artistas gregos de duas formas: em pé, empunhando um raio na sua mão direita erguida ou sentado, numa pose majestosa. Como Pai dos Deuses foi eternizado, muitas vezes, em estátua. Destas, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Em sua honra, realizavam-se, nesta cidade, os jogos Olímpicos, de quatro anos.


Carruagem de Zeus, “História das Tragédias gregas”, 1879
      
 Webgrafia:
Wiki Lendariopédia a Enciclopédia das Lendas, Zeus,
https://lendariopedia-a-enciclopledia-das-lendas.fandom.com/pt-br/wiki/Zeus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zeus
Guedes, Maris Helena, Os filhos de Gaia, https://books.google.pt/


HERMES


Hermes, Hermes Logios, atribuído a Fídias. Cópia romana, século I, Museu Nacional Romano

"Com asas nos pés, voas pelo espaço, cantando toda a Música, em todas as línguas... Nós te honramos, Hermes, ajuda-nos em nosso trabalho! Dá-nos um falar eloquente, e um vigor jovial. Supre nossas necessidades, concede-nos clara memória. Dá-nos a boa sorte, e encerra nossas vidas em paz."

                                  Excerto do Hino Órfico a Hermes


As primeiras descrições do mito de Hermes datam do período arcaico. O Hino Homérico a Hermes, criação dos séculos VII ou VI a.C. refere o seu nascimento e primeiras proezas. O Hino abre com uma saudação ao deus, nomeando-o Senhor do Monte Cilene e da Arcádia, dos rebanhos de ovelhas, e mensageiro dos deuses. Refere-se-lhe como filho de Zeus, fruto de seu amor adúltero com Maia que vivia numa caverna, escondido dos olhares humanos e dos ciúme de Hera, esposa de Zeus.  
Hélio não tardou a  mostrar a sua origem divina: nasceu de manhã, ao meio-dia já tocava lira, e à tardinha furtava o gado de Apolo.

Hermes e sua mãe Maia, pormenor de ânfora ática. c. 500 a.C., Munique

Era considerado deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da adivinhação, das estradas e viagens.
Ao longo dos tempos, amplia os seus atributos, tomando, entre outras funções,  a de mensageiro dos deuses, patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, alé de outras.
O seu culto estende-se do ocidente ao oriente, assimilado a outras divindades locais semelhantes.

Ilustração do Symbolicarvm qvaestionvm de vniuerso genere, 1574, de Achille Bocchi, com a imagem de Hermes como o intérprete do conhecimento universal

HÉLIO



                                          Cabeça de Hélio no museu arqueológico de Rodes

Hélio é filho do titã Hiperião com a titânida Téa, e irmão da deusa Éos, personificação do alvorecer, e da deusa Selena, personificação da lua. Hélio representa o sol na mitologia grega.


                                            Carruagem do Sol, filho de Hipérion e de Basileia 
   
Ao longo do tempo, Hélio é cada vez mais identificado com o deus Apolo. No entanto, foram muitas vezes vistos como dois deuses distintos já que Hélio é um deus menor e Apolo um deus olímpico.
Hélio circunda a terra no “carro do sol”, cavalgando no céu até o oceano, para banhar os cavalos, dando início à noite. Tudo sabe e tudo vê, pelo que é chamado, muitas vezes, como testemunha em assuntos importantes.
Hélio teve sete filhos da filha de Neptuno e de Vénus, Rodes, ninfa da ilha a que deu o seu nome. Os filhos, os Helíacos, dividiram entre si a ilha de Rodes que foi consagrada ao Sol.
Os seus habitantes eram-lhe especialmente dedicados.

  
 Webgrafia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio_(mitologia)
https://www.mitologiaonline.com/mitologia-grega/deuses/helios/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes
https://books.google.pt/books

Os mistérios  de Eleusis

Disse, e não desobedeceu Deméter de coroa formosa
E logo fez surgir o fruto dos férteis campos
Carregou de folhas e flor a vasta terra
Inteira. E a deusa foi ensinar aos reis justiceiros,
A Triptólemo e a Díocles, domador de cavalos,
A Eumolpo e a Celeu, condutor dos povos,
Os actos do ritual sagrado, e a todos explicou,
 A Triptólemo, a políxeno e ainda a Díocles,
Os sacros mistérios, que não se podem transgredir
Nem divulgar: um grande temor dos deuses susta a voz.
Feliz quem, dentre os mortais, os pode contemplar:
Quem não é iniciado, nem tomou parte neles, jamais
Terá sorte igual, mesmo morto, nas trevas bolorentas.
         
                                                Hino a Deméter, (470-482), Hino Homérico
         
                                               


Os Mistérios de Elêusis ou Eleusinos eram ritos de iniciação ao culto das deusas agrícolas Deméter e Perséfone. Realizavam-se em Elêusis, perto de Atenas.
Platão, no Fédon, fala dos Mistérios Menores e dos Mistérios Maiores, referindo-se a certas visões fantasmagóricas ocorridas nas noites dos Mistérios como “Phantasmata”. Aristóteles também se refere aos mistérios e Homero conta num hino toda a história de Deméter e de Perséfone.
Pouco se sabe sobre as cerimónias de Eleusis: na Noite dos Mistérios, ao grito de “para trás profanos”, que era lançado pelo Arauto, as Cerimónias Secretas iniciavam-se, por detrás dos muros do “Telestérion”, que continuavam, na noite seguinte, que era  reservada só para os “Epoptai”, aqueles que já tinham sido iniciados, anteriormente, no Templo.

À semelhança das culturas agrárias, o simbolismo mitológico dos mistérios de Deméter relacionam-se com os ciclos naturais de renascimento e declínio.

Bibliografia/ Webgrafia:
Pereira, Maria Helena da Rocha (1982) Hélade, Antologia da Cultura Grega, Coimbra, FLUC, IEC
Philip, Meil, (2005) Mitologia do Mundo, Círculo de Leitores
Deméter in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-03-02], https://www.infopedia.pt/$demeter


A NOSSA HISTÓRIA


Deméter (com ramo de trigo e tocha) aparece junto de uma terra fértil como deusa que é  das plantações e das colheitas, juntamente com sua filha, Perséfone. (com ramo de trigo, e tocha que serve para procurar a filha junto de Hades).
Perséfone brinca com as colegas. Hades observa-a e apaixona-se por ela. Serve-se do facto de cheirar um narciso para a levar para o submundo e fazer com que permaneça lá, dando-lhe uma romã para se alimentar.
Perséfone procura a filha, durante nove dias e nove noites, sem tino algum.
Então Hélio, o deus do Sol, vendo a angústia de Deméter, contou-lhe que Perséfone tinha sido raptada por Hades e que sabe que aquela não poderá sair do reino de Hades porque se tinha alimentado lá. 
Deméter, ficou ainda mais entristecida  pela falta de Perséfone, não volta ao Olimpo nem consegue ocupar-se mais das suas funções de deusa fertilizadora da terra. Desta forma, até o próprio  Zeus ficou preocupado, pelo que mandou Hermes, o deus mensageiro, para que ele convencesse Hades a devolver Perséfone.
Ameaçado por Zeus, Hades consentiu que a filha de Deméter voltasse para junto da mãe, desde que passasse uma parte do ano, no mundo inferior, período que se tornou no inverno, já que Deméter de tão depressiva que fica não consegue tomar nenhuma ação visível
No entanto, os seus pensamentos negros acabam por germinar a vida quando Perséfone, na primavera, volta para Deméter,  Assim, o principal elemento que vemos nas representações das deusas da terra cultivada é um ramo de trigo e, no caso de Deméter, uma tocha também, usada para procurar a sua filha durante a noite ou no mundo inferior de Hades.

Pensar os espaços das cenas



Inicialmente, pensámos filmar a nossa história no Palácio de Cristal. Lá existem jardins luminosos que podem simular o Olimpo, outros soturnos que podem parecer o reino de Hades e os amplos jardins de entrada projetados por Emílio David com as estátuas das quatro estações,  executadas por importantes fundições artísticas francesas, ideais para ilustrar a nossa história relativa ao adormecimento e à ressurreição da vida, quer da natureza, quer do Homem.



                                                                          Primavera



Verão


                                                                                Outono

Inverno


Pensámos fazê-lo no dia de Carnaval, mas começou a chover logo pela manhã, perdendo-se grande parte do encanto que o espaço poderia ter para a nossa história. Ainda lá fomos, levados pelos nossos pais, mas resolvemos nada fazer.
No entanto, as fotos tiradas na viagem de reconhecimento prévio acabaram por ser preciosas.

Resolvemos acompanhar o grupo que trabalhou o mito de Orfeu e Eurídice até ao passadiço de Valbom, num outro dia, depois das aulas e lá filmar algumas cenas, bem como ir ao auditório do “Poder Local” de Gondomar, junto da Câmara e, como recurso de última hora, usar a própria escola no último dia em que funcionou, antes de termos que nos confinar em casa, devido ao Covid 19

                                            Valbom, Ribeira de Abade


                                       Maria – Deméter e Perséfone – Rita Marinho



                                   Maria – Deméter e Hélio – Guilherme Pinto

                          Hermes – Guilherme Pinto e Hades – José França


Jardim da Câmara - Auditório com monumento ao Poder Local



Escola



Maria – Deméter e Perséfone – Rita Marinho



                                           Zeus – José França

Sem comentários:

Enviar um comentário